Pois é pessoal nosso cantinho está pronto. Fomos abençoados com um basement de dois quartos, sala conjugada com cozinha, banheiro, lavandeira compartilhada só com o outro basement, com aquecimento independente. Micro ondas, geladeira e fogão novos, tv a cabo e outras utilities, e até um home theater sony e um sofá, Deus me ama.

Mas como nem tudo são flores, comprar o que falta não é mole, só parece ser. Aqui 10 em cada 10 imigrantes compram suas primeiras coisas na IKEA - http://www.ikea.com.ca/ mais conhecida como "O paraíso dos imigrantes" a estatística aí é por minha conta.

O problema é que estamos numa cidade grande e sem carro, aqui ao contrario do Brasil você paga pra receber o que comprou, e em alguns casos tem que se virar pra levar pra casa.

Depois de resolvido o lugar pra morar fomos comprar nossas camas e coisas pra casa. Panela, mesa, Tv e etc. Na Ikea tem tudo isso, é bem parecida com a tok Stok. Chegando lá pegamos o carrinho e lá fomos nós, colocamos pratos, copos, panelas, roupa de cama pra Lana ( eu trouxe as minhas) tapetes pro banheiro... e fomos depois escolher os "moveis" escolhemos as camas, um rack, uma mesa de 4 cadeiras de 99,00 dólares, dica da Neuzinha - http://suavontade.blogspot.com/ . Quando estamos com a vendedora escolhendo a cama, no meio do assunto ela nos fala, que a IKEA não entrega coisas pequenas. Como assim? eu vou pagar a entrega e não leva meu pratos e copos e panelas e.... detalhe juntando tudo, fica pesado. Não, não leva. Entrega só as camas, a mesa e o raque. Olhamos pra aquele monte de coisa e pensamos... O que deixar? tudo parecia tão essencial, resolvemos levar. Detalhe é que já era tarde para irmos até nossa nova casa em north vancouver, teríamos que pegar um ônibus, metro, sea bus e outro onibus. Pra nossa hospedagem seria, um ônibus, metro e um ônibus. Resolvido pra casa com todo o peso.

Só que na Ikea você vai ao deposito pra pegar os seus moveis na caixa, desmontados para passar no caixa, antes de levar para entrega (você monta seus moveis). Até aí tudo bem. Como vida de imigrantes é um mico após o outro, pegamos o que havíamos escolhido e colocamos no carrinho com muita dificuldade, quando estávamos chegando no caixa, vimos que havia outro tipo de carrinho próprio pras caixas grandes e pesadas.

Não acabou aí era uma terça feira e geralmente você compra num dia e eles entregam no outro, mas as entregas pra north vancouver estavam lotadas a nossa só iria na quinta.

Essa fase de comprar as coisas é muito cansativa principalmente com criança e sem carro. Mas é bom também quando a casa já tem uma cara de sua.

O ritmo de acontecimentos aqui é frenetico, são muitas coisas nesse início nem dá pra falar de tudo.

Ontem aqui (segunda) foi feriado, então no sábado fizemos um picnic na praia, fez uma dia lindo de sol.

No domingo procuramos um igreja, a primeira que fomos estava fechada por falta de membros o que me deixou muito triste não se vê isso no Brasil. Somos evangélicos, e já sabiamos que aqui achar uma igreja pra frequentar não seria tarefa tão fácil, resolvemos então ir até outra igreja que havíamos visto bem no miolo de Vancouver a primeira igreja Batista. Fomos muito bem recebidos lá, e encontramos lá mais 2 casais de brasileiros, um casal já tem até cidadania está aqui há 5 anos, e tinha outro brasileiro que acho que é solteiro. A igreja é um pouco diferente do que estamos acostumados, mas a parte de crianças é perfeita, nunca tinha visto algo tão organizado. Pra quem não sabe nas igrejas evangélicas sempre deixamos nossos filhos nas salas de aulas deles com estudo voltado pra faixa etária deles. Na igreja que visitamos aqui essa parte funciona de forma impecável, você deixa a criança, faz a ficha com nome, telefone, a salinha da Lana tinha vários brinquedos, era espaçosa, tinha até escorregador dentro da sala, a criança fica com um crachá com um número e o nome, a mãe recebe um bip e vai com ele para o culto, caso necessario o seu bip vibra e você vai até a ala das crianças pra ver o que está acontecendo. Pra buscá-la você assina novamente o papel, entrega o bib pega um crachá que deverá ser igual ao da criança pra poder sair da ala infantil, muito difícil alguém sair com a sua criança, quase impossivel. Recebemos uma folha com o que foi ensinado pra ela.

Na segunda-feira apesar de ser feriado voltamos a procura do lugar pra morarmos. Não é facil como parece, a principio queriamos um ap de um quarto pra ficar mais barato nosso início aqui, enquanto não temos emprego, mas sempre que falávamos que éramos 3 as pessoas falavam não. Outra dificuldade é escolher onde morar, aqui cada bairro é muito diferente do outro, é preciso levar muita coisa em conta, estamos em downtown então pra ir em burnaby olhar casa é longe, voce liga pra pessoa que tá anunciando e ela te fala quando pode te mostrar a casa. Resolvemos olhar lugar em downtown, north Vancouver e Burnaby. Confesso que quando estive em North Van gostei muito, é um cilma mais familia, só que lá só tem casão, então pra nós o esquema seria procurar por um basement. Aqui em downtown você passa na frente dos prédios e tem anúncios se há vagas e o telefone pra você ligar e marcar um horário e perguntar ao mananger sobre preço e tudo mais. Essas vagas não costumam ir para o craiglist, já em North, as vagas estão no craiglist, não tem placas. Se você tem criança, você sempre deve perguntar se o local aceita crianças. Conseguimos um basement em north vancouver de 2 quartos, com tudo novo, por um preço bom. Estamos nos organizando agora pra levar nossas malas, comprar o que precisamos na famosa IKEA e começar pra valer no Canada. Mais uma vez obrigada pela hospesagem Silvia e Gleydson.

Pois é pessoal aqui tem muita coisa diferente do Brasil.

Exemplos: Aqui quase não tem banheiro, é verdade mesmo, fomos ao banco, minha filha de 2 anos e meio pediu para ir ao banheiro (o que ela sempre faz quando chegamos em um lugar que temos que esperar um pouco). Fui até a recepcionista perguntar aonde ficava o banheiro e ela disse que ficava no 4º andar. Estávamos no térreo. Um pouco antes estávamos fazendo o SIN e ao perguntar para o funcionário onde era o banheiro, ele me disse no lobby, e estávamos no segundo andar. Na frente do Mcdonald's está escrito que o banheiro é só para clientes, não é público. E em outra porta de loja vimos escrito "Não temos banheiro".

Não tem catraca, nem ninguém para verificar seu passe no metrô. É tudo automático, mas se você quiser andar de graça, ninguém vai verificar nada. Eles disseram que as pessoas de vez em quando pedem para ver o passe, mas até agora a gente não viu nada. Se a pessoa for pega sem o passe, ela paga uma multa de uns 150 dolares. O que mais impressiona é que de acordo com as estatísticas da empresa, existe apenas 6% de prejuízo, que ainda é melhor de acordo com eles do que colocar catracas e cobradores.

As pessoas não entram de sapato dentro de casa. Todas as torneiras tem água quente. Você vê pato voando perto das janelas. Vê também gaivota, corvo...

Você escuta sirene de polícia e ambulância a todo instante. Os carros param para você passar. O motorista de ônibus te dá carona, se você está no ponto errado, ele te leva até o ponto mais próximo do seu e nesse tempo de conversa, nenhum passageiro xinga dizendo que está atrasado ou coisa assim.

A escada normal está sempre ao lado de uma escada rolante. As pessoas que estão na escada rolante e estão paradas, devem ficar do lado direito e deixar o lado esquerdo livre para aquelas que querem andar na escada rolante. Se é para andar, porque não anda na escada normal?

Em alguns lugares a mesma calçada é para bicicletas e pedestres. Lado direito pedestres, lado esquerdo bicicletas.

Você vai tirar xerox e diz. Quero 2 cópias, e o atendente fala, ok, pode tirar as cópias. (Como assim? Eles não tiram as cópias? Como funciona essa máquina?)

Embora a população de chineses em Vancouver seja muito grande, você escuta muitas línguas, inclusive senta no ônibus e escuta o papo de 2 brasileiros.

E para terminar, eu fico as vezes com dúvida se estou no Canadá ou na China.

Essas foram as impressoes dos primeiros 5 dias aqui.

Simone

Oi pessoal, vou contar aos poucos os acontecimentos.

Saímos de Uberlândia as 12:15hs chegando em São Paulo por volta das 13:15hs. Tem um ônibus da TAM que sai de Congonhas e te leva até Guarulhos. Chegamos em Guarulhos umas 14:40hs. O maior problema de tudo, o mais difícil, foi carregar as 6 malas + 4 de mão e + minha filha.O guichê da Air Canada só existe em Guarulhos depois das 17:00hs, então se você procurá-lo antes disso não vai achar. Bem, ficamos esperando e dei uma ida na receita federal. Qualquer equipamento bem usado ou nacional não precisa ser identificado lá.O limite de dinheiro para se levar é R$10.000,00 por pessoa.Aí veio a confusão, pois a mulher da receita disse que eu poderia ir direto na Polícia Federal.Quando cheguei na Polícia Federal já dentro do embarque, a menina disse que era na receita.Veio um policial muito legal e disse que como eu tinha agido de boa-fé que não ia ter problema.O problema é quando a pessoa fala que não tem e tem.Ficamos esperando dar a hora do embarque, entramos no avião e foi ótimo.O jantar foi servido e a Lana dormiu logo e dormiu a noite toda.Antes do jantar ela queria suco e fica gritando assim, "moça quero suco". Mas a aeromoça estava falando francês. Aí eu disse, Lana não é moça é madmoseile, aí ela começou a grita "Marlozela quero suco"Chegando em Toronto, foi tudo muito confuso a começar do papel que eles nos entregam no avião para preencher. Lá existe a opção de turista indo para o Canadá ou residente retornando. Não éramos nenhum dos dois.Nem mesmo o comissário de bordo sabia me dizer como preencher, aí eu escrevi o que dava e deixei o resto em branco. A Lana continuou dormindo e a Simone carregou ela nos braços por todos os lugares que fomos no aeroporto, quase 13 quilos nos braços. Na alfândega tinha uma filha enorme. Não pegamos as malas antes como muitos tinham dito que faríamos. Passamos lá e a moça nos mandou para a imigração. Lá ele fez algumas perguntas tipo, quanto trazíamos em dinheiro, mas nem se preocupou em contar, pegou aqueles formulários do consulado, escreveu, mandou a gente assinar e grampeou a última folha no passaporte. Riscou o visto e carimbou o passaporte. Me perguntou se tinha um endereço para enviar o PR Card. Eu disse que ainda não tinha. Ele me deu um formulário e disse que assim que eu tivesse o endereço, era para preencher esse formulário e passar por fax. Saímos da imigração e fomos pegar as malas, só as nossas malas estavam na esteira. Chegou um desses carregadores perguntou se precisava de ajuda com as malas. Eu disse que sim, pois já tinha penado em São Paulo. Passamos por mais um tipo de alfândega, o cara olhou o passaporte me perguntou uma coisa que eu não entendi aí eu disse para ele repetir e ele simplesmente ignorou minha pergunta. Passei numa casinha cambio para trocar uns dolares. Fomos para o portão da Air Canada para fazer a conexão para Vancouver. O carregador me cobrou 20 dolares canadenses e + a gorjeta. Eu ia dar mais 5, ele olhou para mim com uma cara, aí dei 10 e pronto. O voo de Toronto a Vancouver demorou uns 4:30hs. Depois de uma viagem de 10:00hs, viajar + 4:30hs parece uma eternidade. Acho que é por isso que o povo fica em Toronto mesmo. Chegamos no Aeroporto e o avião deu uma pane na porta das malas e elas demoraram para chegar. Procuramos um taxi bem grande e foi tudo tranquilo.Chegamos na casa do Gleydson e da Silvia do blogue http://operacaocanada.blogspot.com/ Gleydson estava nos esperando.Quero inclusive aproveitar esse espaço e agradecer pela recepção e hospedagem de primeira que estamos recebendo.
amanhã eu continuo com os acontecimentos aqui em Vancouver
................................Leonardo