Filha vi em alguns blogues algumas mães que fazem cartas pros seus filhos, e resolvi fazer cartas pra vc aqui também. Como estamos todos recomeçando, estou escrevendo a primeira carta pra você aqui no país do nosso recomeço.
Desde que você começou a ver desenhos, resolvemos que você os veria em inglês pra ir se acostumando com o idioma, e deu certo, você não estranha ninguém falando em inglês, o único problema é que você responde em português mesmo.
Este mês no dia 10 viemos pro Canadá e você foi um exemplo de criança no avião, quase não chorou (não chorar numa viagem enorme dessa também seria demais), assistiu aos desenhos e se divertiu numa boa, chamou a comissária de bordo de moça e quando o papai te disse pra chama de Madmoseille você já resolveu na sua cabecinha que se ela era "menina" então era Marmosela. Ah! você também queria ir ao banheiro varias vezes só pra ver a discarga diferente, e pediu uma "frutinha" pro comissario de bordo, enquanto esperava pra entrar no banheiro. Depois a mamãe perguntou pra ele se tinha uva no cafe da manhã e ele respondeu: a uva que ela comeu era da primeira classe.
Você nunca andou de carrinho no Brasil, mas aqui você logo ganhou um, porque aqui não temos carro, e surpreendeu mais uma vez andando no carrinho sem maiores problemas. Você até o dia 11 só tinha andando de carro e metro, e derrepente mudou tudo, andou horas de avião, e agora anda de ônibus, carrinho, metro, sea bus e não reclama
Acho que você adorou as calçadas daqui, porque sempre que saímos você quer correr e correr. Confesso que nesse inicio estou muito insegura em relação a decisão de vir pra cá, minha maior preocupação é com seu futuro, mas o futuro a Deus pertence. Como eu e o papai cremos que Deus nos trouxe pra cá, ele abençoará seu futuro aqui, no Brasil ou onde quer que você esteja. Te amo
6 comentários:
faz eu chorar, dona simone.....
lanoca, vc é muito especial, espero q vc nunca esqueça q tem gente aki q te ama muitooooooo!!!
saudades de doer o coração....
Tina :)
Parabéns e que Deus abençoe vocês a cada dia.
E a vida segue...
E tem muitas outras surpresas e descobertas para ela. E um futuro brilhante, com certeza.
Deus os acompanhe nessa nova jornada.
Abraços
Eu tb morro de vontade de começar a escrever pra Olívia e fico meio triste por ter deixado tanta coisa escapar. Escrevi mensalmente até ela completar 1 ano e depois fui parando.
Mas nunca é tarde pra recomeçar né?
Me deu uma boa ideia.
Bjs
Ola Simone,
Estava lendo tua carta e resolvi te esvcrever; estamos passando pelo mesmo problema , so que ao inverso: chegamos ao Brasil em dezembro, depois de 13 anos e tres filhos nascidos nos EUA (12, 8 e 6). Sempre falamos Portugues com eles dentro de casa, antevendo o dia em que voltariamos para o Brasil, mas por algum motivo, o Portugues deles sempre foi meio de indio: tudo terminava com "I" (ja falei era ja fali, "fez a licao de casa?" "ja fi", etc). No primeiro dia de aula, do menino de 8 anos, a molecada do interior, toda entusiasmada queria saber como se falava tudo em Ingles; mesa, cadeira, lapis, borrracha, etc, e ele respondendo. A professora perdeu a paciencia e lhe disse "Willy, para de falar, por favor", e ele respondeu "Ja pari!!!!"Rsrs... Mas agora, quatro meses depois estao falando um Portugues perfeito, com ligeiros "derrapamentos" no sotaque ("Makidonaldis" pra eles e' Mac Donald's, claro, e por ai vai).Voce vai ver como a tua filhinha vai estar falando Ingles fluente em pouquissimo tempo; vi criancas chegando aos EUA sem falar nada de Ingles e depois de tres meses estarem fluentes. Esperes e Veras. Deus Abencoe toda a Familia.
Esta carta é ótima, ainda não tinha visto isso. Sou um jovem que trabalhar para o governo canadense em Ottawa com pesquisas sobre imigração. Não tenha medo, a sua filha terá enormes oportunidades por ser cidadã canadense, as universidades são de alta qualidade e ela ainda terá a oportunidade de participar em vários programas internacionais, intercâmbios, etc. Tenho certeza que fizeste uma boa escolha, mas sempre reinforce o seu laço com o Brasil e a importância da família, mesmo estando longe.
Abraços e sucesso,
Thiago
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